Sexta-feira 13 é uma data que desperta mistérios e superstições, especialmente em torno dos gatos pretos. A crença de que esses felinos trazem azar remonta à Idade Média, quando se acreditava que seus hábitos noturnos os ligavam ao sobrenatural. Se o gato fosse preto, a situação piorava: a cor era associada às trevas e à magia. No século XV, o papa Inocêncio VIII incluiu os gatos pretos na lista de perseguidos pela Inquisição, fazendo com que esses animais se tornassem alvos de violência e discriminação.
Essa superstição medieval, que via gatos pretos como companheiros de bruxas, ainda persiste em alguns lugares, dificultando a adoção desses animais. De acordo com uma pesquisa do Grupo Petlove com ONGs de proteção animal, gatos pretos representam 21% dos pets disponíveis para adoção. Além disso, mais de 20% dos felinos vítimas de maus-tratos, abandonados ou resgatados em péssimas condições são gatos de pelagem escura.
Contudo, projetos como “Os 6 Gatinhos” estão combatendo essas ideias preconceituosas, promovendo inclusão e empatia.
O grande embaixador dessa causa é o gatinho preto Bruno, resgatado das ruas de Indaiatuba, que virou personagem de animação infantil. Ele faz parte de “Os 6 Gatinhos”, um projeto audiovisual voltado para crianças de 0 a 6 anos, que ensina sobre inclusão, diversidade e empatia por meio de animações e músicas. O objetivo é desmistificar preconceitos e destacar que todos, independentemente de suas diferenças, merecem amor e respeito.
Cada personagem tem uma história inspiradora, e Bruno, com sua pelagem preta, é a prova viva de que a superstição está errada. Ele simboliza a luta contra o preconceito e contra a ideia de que gatos pretos trazem má sorte. Assim como Bruno, os gatos pretos são frequentemente vítimas de violência e abandono devido a mitos infundados.
Com Bruno à frente dessa campanha, “Os 6 Gatinhos” desafia antigos preconceitos e mostra que, independentemente da cor ou das características, todos os animais merecem uma chance de serem amados. Nesta sexta-feira 13, ao invés de temer, que tal adotar um gatinho preto e celebrar a diversidade e o respeito?