Salto vendeu U$S 8,9 milhões aos EUA antes do tarifaço
Salto vendeu U$S 8,9 milhões para os Estados Unidos em julho, último mês antes do tarifaço imposto a produtos brasileiros pelo presidente estadunidense Donald Trump. A cidade tem uma dependência norte-americana nas exportações, que representaram 44% do que a balança comercial negociou em julho e 40% no acumulado no ano. Em relação às importações, Salto comprou apenas 11% dos Estados Unidos em julho, cerca de U$S 1,9 milhão, e o acumulado de 15% no ano.
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Em julho, além dos Estados Unidos (44%), Salto exportou para Argentina (13,7%), Chile (4,9%), Alemanha (4,9%), Colômbia (4,8%) e Índia (4,6%). Os principais produtos exportados foram painéis de fibras (42,9%) e bombas para líquidos (8,5%).
Em relação à importação, Salto continua tendo a Europa como principal parceiro comercial. A balança comercial da cidade tem a China (29%) como o principal país fonte das compras, mas o Velho Continente tem a maior participação somados os países, com Alemanha (23%), Espanha (6,9%), Itália (3,5%), Reino Unido (3%), França (2,5%) e Áustria (2%). Entre os principais produtos importados estão compostos de amina (9,6%), sulfatos (5,6%) e agentes orgânicos (5,4%).
Eucatex
A Prefeitura de Salto, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico, diz que está comprometida em se manter atenta às mudanças no cenário internacional e, em parceria com entidades como o Sebrae, Fiesp e InvesteSP, oferecer alternativas de apoio, orientação e novos mercados.
Em conversa com diversas empresas, como a Eucatex, que tem em sua planta de Salto quase 30% de seu faturamento oriundo de vendas para os EUA, identificou que essas iniciativas podem afetar diretamente suas operações. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Fábio Jorge, destaca: “Estamos acompanhando de perto os desdobramentos desse cenário e temos como prioridade proteger as empresas locais. Vamos dialogar com todos os setores impactados para compreender suas necessidades e buscar soluções viáveis. Nosso objetivo é garantir que Salto continue a ser um polo competitivo no cenário global.”
Dados nacionais
As exportações para os Estados Unidos, em Julho/2025, cresceram 3,8% e somaram US$ 3,71 bilhões. As importações aumentaram 18,2% e chegaram a US$ 4,27 bilhões. Assim, a balança comercial com este parceiro comercial resultou num déficit de US$ -0,56 bilhões e a corrente de comércio registrou aumento de 11,0% alcançando US$ 7,98 bilhões.
No acumulado de Janeiro/Julho 2025, em relação ao mesmo período do ano anterior, as exportações para os Estados Unidos cresceram 4,2% e atingiram US$ 23,72 bilhões. As importações cresceram 12,6% e totalizaram US$ 25,97 bilhões.
Em Julho/2025, comparado a igual mês do ano anterior, as exportações cresceram 4,8% e somaram US$ 32,31 bilhões. As importações cresceram 8,4% e totalizaram US$ 25,24 bilhões. Assim, a balança comercial registrou superávit de US$ 7,07 bilhões , com queda de -6,3%, e a corrente de comércio aumentou 6,3%, alcançando US$ 57,55 bilhões.
No acumulado Janeiro/Julho 2025, em comparação a igual período do ano anterior, as exportações cresceram 0,1% e somaram US$ 198,01 bilhões. As importações cresceram 8,3% e totalizaram US$ 161,03 bilhões. Como consequência destes resultados, a balança comercial apresentou superávit de US$ 36,98 bilhões , com queda de -24,7%, e a corrente de comércio registrou aumento de 3,6%, atingindo US$ 359,04 bilhões.