Vereador diz que “sabe de coisas” do Saae e promete expor “laranjas podres”
No final de semana, milhares de pessoas ficaram sem água em Salto devido ao fechamento de alguns reservatórios para a recuperação de nível. O boletim operacional chegou a ser divulgado nas redes sociais do próprio Saae, mas foi apagado em sequência. Isso, porém, não impediu as reclamações de muitos moradores.
📲 Participe da nossa lista de transmissão e concorra a prêmios, clique aqui!
O caso foi tema de discussão entre os vereadores na sessão de terça-feira (19), que criticaram a falta de comunicação da autarquia e chamaram o fechamento pontual de racionamento disfarçado.
Racionamento
“Ou prefeitura adota o racionamento ou explica esse fracionamento. Precisamos fortalecer o abastecimento da cidade. Não tem outra saída”, disse o vereador Edemilson dos Santos (Podemos).
“Mais de 30 bairros tem sofrido com problemas de falta d’água. E a situação tende a piorar. O problema era o Laerte (Sonsin Jr, ex-prefeito); o Laerte saiu e agora temos de ver o que é o problema”, completou o vereador Antônio Oliveira (PL).
Segundo o vereador Edival Preto (União Brasil), os problemas não estão apenas na operação. Há servidores que estariam prejudicando o bom funcionamento da autarquia e estão, inclusive, dando mais diretrizes que o próprio superintendente Ângelo César Piva.
“Vemos que tem algo por trás disso. E virá a público. Nós sabemos de algumas coisas e na hora certa vou para a tribuna falar sobre o Saae. Tem muitas coisas que as pessoas precisam saber. Antes eu falava que era uma laranja podre, mas acho que tem mais do que uma lá”, afirmou.
Rivotril e café
Durante a sessão de Câmara de terça-feira (19), os vereadores vetaram dois projetos, ambos de autoria da vereadora Dra. Grazi. O primeiro, o PL 42/2025, que ampliava os direitos a ausência dos servidores para acompanhamento de filhos e dependentes foi vetado pelos parlamentares. O segundo, um projeto de resolução, e que propõe alterações do Código de Ética Parlamentar e institui a vedação à prática de violência de gênero nas dependências da Câmara.
Essa segunda proposta foi apresentada pela vereadora após um assessor parlamentar ter dito que ela vive a “base de Rivotril (medicamento utilizado para o tratamento de distúrbios) e café”. Conforme expôs a Dra. Grazi, situações como essa mostram o desrespeito com as mulheres. O presidente Clayton Bispo (PP) pediu que ela fizesse uma representação à Mesa para que o caso seja levado à Comissão de Ética.