Zero – nem um pingo de chuva caiu em Salto ao longo de todo o mês passado. O dado é do posto pluviométrico do SAAE, instalado na ETA Bela Vista. A precipitação nula de junho de 2024 é inédita nos registros oficiais de medição do posto, compilados de 2018 para cá.
Desde então, mesmo durante a severa estiagem de 2021, choveu ao menos um pouco em cada mês. O segundo menor índice foi de 1,1 milímetro, em agosto de 2019; julho de 2022 ocupa a terceira posição, com apenas 4,2 milímetros de chuva.
ESCASSEZ – Estamos no período de falta de chuvas, que se estende, normalmente, de abril/maio até setembro/outubro conforme o observado nos números desses últimos sete anos.
Embora a captação nos ribeirões Piraí e Buru continue plena, os níveis desses mananciais já mostram ligeira oscilação para baixo, mas dentro da normalidade. A cidade tem reservas importantes de água já prontas para serem acionadas pelo SAAE caso necessário.
Histórico de chuvas em junho:
2018 – 15 milímetros
2019 – 54,7 mm
2020 – 85,7 mm
2021 – 18,7 mm
2022 – 18,2 mm
2023 – 53,9 mm
2024 – 0 mm
É imprescindível para a capacidade de manutenção do abastecimento o uso prudente da água pela população – lavar calçadas, automóveis e regar jardins com a mangueira, assim como vazamentos ocultos nos imóveis, são as maiores fontes de desperdício que devem ser evitadas.
O SAAE trabalha ainda em diversas medidas de combate a perdas no sistema, como a setorização, a instalação de macromedidores para monitorar os locais em que elas incidem e a troca pontual, por enquanto, de tubulações e ramais antigos, mais suscetíveis a vazamentos.
COMPARATIVO DO ACUMULADO – O acumulado de 2024 nos seis primeiros meses do ano é de 508 milímetros, abaixo da média dos anos anteriores, que é de 691,1 mm. Somente em 2021 choveu menos entre janeiro e junho – 402, 8 milímetros.
Texto e fotos: Comunicação SAAE